ATUALIZADA: 170 Metalúrgicos em contrato temporário na John Deere são dispensados em ajuste de produção

Em nota, John Deere confirma redução de 170 contratos de trabalho na planta de Horizontina

A planta da John Deere Brasil de Horizontina registrou desligamento de trabalhadores nos últimos dias. O número fica na casa dos 170, conforme nota oficial da empresa.

O Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e região Jorge Luís Ramos, destaca que a entidade foi informada. Até as férias coletivas do mês de abril, a produção vinha em nível máximo com 23 unidades de colheitadeiras/dia.

No retorno das férias, as unidades foram reduzidas para 18 e passarão agora para 16, o que pelo período, ainda pode ser considerada alta, quando olhado o histórico da produção neste período, que variava de 9 a 12 unidades nos anos anteriores.

A dificuldade em manter esses postos de trabalho ativos foi compartilhada com o sindicato, que embora tenha apresentado alternativas às demissões, foi alegada pela indústria incapacidade de absorver tal demanda, e que a opção em sua maioria, dá-se aos contratos temporários e às demissões voluntárias.

Se sabe que em torno 400 trabalhadores estariam na planta industrial local com contratos temporários, para atender a pedidos do setor nos últimos 12 meses. No total a fábrica possui mais de 2 mil funcionários, diz Ramos.

Para o dirigente sindical, a condição é passageira, haja vista que no recente plano safra foram apresentadas linhas e condições atrativas para o setor do agronegócio, bem como ocorrerá a retomada do Mais Alimentos, o que deve voltar a impactar na aquisição de máquinas pelos produtores e consequentemente demandar a produção nas fábricas.

Nossa reportagem recebeu nota de posicionamento solicitada a assessoria de imprensa corporativa da John Deere Brasil.

HISTÓRICO

As adequações de postos de trabalho são adotadas periodicamente na John Deere em períodos de baixa na produção. Em 2019 a empresa reduziu 150 trabalhadores e outros 40 em 2020, sempre priorizando demissões voluntárias ou contratos ante os efetivos. Outras crises podem ser lembradas que motivaram demissões em massa, como em 2008 com 200 desligamentos e 2009 com mais de 500 trabalhadores. Em 2014 foram outros 170. “O comportamento cíclico do mercado de máquinas, poucos meses após as crises, normalmente volta a exigir velocidade na produção, quando a empresa volta a contratar” lembra o dirigente do STIMMME Horizontina.

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