Centenas de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) aguardaram o ex-presidente no saguão do aeroporto de Brasília para recepcioná-lo em sua volta ao Brasil, na manhã desta quinta-feira (30), mas não conseguiram vê-lo.
A PF (Polícia Federal) determinou que ele não saísse pelo saguão de desembarque, mas, sim, por uma área restrita do terminal.
A determinação da PF, prevista na legislação e em acordo com os demais órgãos de segurança do Distrito Federal, teve como objetivo garantir a segurança do ex-presidente e a manutenção do fluxo de passageiros no aeroporto, que nas quintas-feiras tem o dia mais movimentado da semana, com cerca de 40 mil passageiros, entre chegadas, partidas e conexões.
Após o desembarque, Bolsonaro foi avisado pela PF do trâmite e de que não poderia sair pelo saguão. “Queremos manter a rotina normal do aeroporto, que é o segundo mais movimentado do Brasil. Estamos buscando o interesse da coletividade”, explicou o superintendente da PF no DF, delegado Cezar Luiz Busto de Souza.
Depois de desembarcar, Bolsonaro foi para a sede do PL, no Centro de Brasília.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o governo do seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não vai fazer “o que bem quer do futuro da nossa nação”.
Bolsonaro discursou para deputados, senadores e lideranças políticas na sede do PL, no Centro de Brasília, onde se reuniu com integrantes do partido. O ex-presidente se dirigiu ao local em um comboio após desembarcar no aeroporto da capital federal. Ele passou três meses nos Estados Unidos.
“Eu lembro lá atrás que quando alguém criticava o Parlamento, o Ulysses Guimarães dizia: ‘Espere o próximo’. Dessa vez o próximo melhorou muito. O Parlamento está nos orgulhando, pela forma de se comportar, de agir lá dentro, fazendo realmente o que tem que ser feito, e mostrando para esse pessoal aqui, por ora, e que no pouco tempo que estão no poder, não vão fazer o que bem querem do futuro na nossa nação”, declarou Bolsonaro.
O ex-presidente disse também que, a partir de agora, vai receber e conversar com muita gente. Destacou ainda se tratar de uma tremenda responsabilidade e ponderou que o “nosso chefe é o Valdemar [Costa Neto]”.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que tanto Bolsonaro quanto a ex-primeira-dama Michelle trabalharão com o objetivo de fortalecer o partido para as disputas municipais de 2024. A ideia é que Bolsonaro e Michelle, que assumiu o comando do PL Mulher, comecem a viajar pelo País no segundo semestre, mas não juntos.
Do lado de fora da sede do partido, apoiadores saudaram o ex-presidente e gritaram palavras de ordem, como “o capitão voltou”.
