UNITEC: A importância da genética na produção de leite

Médico veterinário Marcos Souza de Freitas, associado da Unitec, explica que para o produtor ter excelentes produções, é preciso ter vacas com alto nível genético, pois são estas excelentes produções que darão a sustentabilidade do negócio

Qual a verdadeira importância da genética na produção leiteira atualmente? Para responder esta pergunta, o médico veterinário Marcos Souza de Freitas, associado da Unitec, destaca que é fundamental relembrar os quatro pilares da produção: alimentação, manejo, sanidade e genética.

“Para sustentar a produção, entendemos que os quatro pilares são importes. Todos com seus graus de importância ou impacto na produção. Esta importância ou impacto serão determinantes na produção seguindo a lei de Liebig, também conhecida como ‘Lei dos Mínimos’, ou seja, a produção será determinada com base no menor dos pilares. Ou seja, não adianta termos um excelente ambiente, boa genética e manejo adequado se a sanidade não for bem-feita, tampouco boa sanidade, boa genética, ambiente correto, mas mal manejo”, contextualiza Marcos.

O profissional explica que a atividade leiteira evoluiu muito no mundo e, na região, não foi diferente. “As vacas melhoraram, assim como o manejo, o trato com os animais, equipamentos e, principalmente, o ambiente. Ao confinarmos as vacas leiteiras estamos provendo alimentação – muito mais adequada às suas categorias, em quantidade e qualidade – e muito mais conforto a estes animais, tanto no sentido de conforto térmico quanto acessibilidade à água e ao alimento”, declara.

E associado a isto, aumentaram os custos de produção, como custos de capital investido, depreciação de maquinário e instalações. Entretanto, conforme Marcos, tem-se verificado produções muito maiores nos tambos atuais na região.

“Atualmente, acompanhamos um crescente investimento em propriedades que saem do sistema a pasto com suplementação para sistemas confinados de free-stall ou compost barn. Sem entrar no mérito das motivações, que vão desde a dificuldade com a mão-de-obra ao preço da terra, este é um movimento que acreditamos que deva continuar, cada vez mais intenso”, afirma.

O associado da Unitec diz que a viabilidade de cada sistema é multifatorial, pois pode estar ligada à idade do produtor, sucessão familiar, tamanho da área disponível, capacidade de gerenciamento, e por aí vai. Difícil afirmar qual mais viável, pois existem vários exemplos de produtores bem-sucedidos nos diversos sistemas.

“A genética tornou-se muito mais importante quando colocamos as vacas em sistemas que fornecem mais conforto e bem-estar a elas. Vacas com um baixo nível genético vão expressar pouca produção, mesmo em ambientes excelentes. Vacas com um médio nível genético não conseguirão atingir excelentes produções neste ambiente excelente”, revela o veterinário.

Ele segue, acrescentando que, para o produtor ter excelentes produções, é preciso ter vacas com alto nível genético. “E são estas excelentes produções que darão a sustentabilidade do negócio. Investir em alimentação com híbridos corretos, concentrados balanceados, galpões bem construídos e vacinas adequadas com vacas ruins ou medianas não trarão os resultados esperados”, pontua.

Segundo Marcos, prova de touros, acasalamentos dirigidos, avaliação genômica, controle leiteiro, classificação linear e registros nas associações de raças são instrumentos que permitem a identificação e seleção de animais melhores. “A inseminação artificial, o sêmen sexado, a ultrassonografia, programas de balanceamento de dietas e aplicativos de gerenciamento de rebanho são ferramentas disponíveis para todo produtor hoje em dia. E, sobretudo, uma boa assistência técnica. Devemos evoluir como um todo para o sucesso das propriedades. A evolução parcial pode não nos levar onde queremos chegar”, finaliza.

Marcos é especialista em Bovinocultura de Leite e atua com assistência a produtores de leite desde 1994. Na região desde 2000, trabalhou com produtores associados a uma cooperativa local e atualmente presta esta assistência de forma particular. Produtor de leite desde 2004, hoje conta com um rebanho de 50 vacas em produção, na propriedade onde reside em Santa Rosa, e é associado da Unitec há um ano.

Texto: Assessoria de comunicação Unitec

Compartilhe: