Homem que matou três pessoas em Porto Xavier já havia sido preso por agressão em 2021

Ezequiel da Rosa, 36 anos, é suspeito de matar Vânia Gomes Gonçalves, o filho dela e um vizinho. Ele é procurado pela polícia

Suspeito de ter assassinado a ex-companheira e mais duas pessoas na noite de domingo (12), em Porto Xavier, Ezequiel da Rosa, 36 anos, já havia sido preso por agredir e ameaçar a vítima no ano passado.

De acordo com a Polícia Civil, o homem desferiu facadas e matou a ex-namorada, o filho dela de 16 anos e um vizinho de 78. Outra filha da mulher, de 12 anos, também foi ferida, mas conseguiu se esconder no banheiro e sobreviveu — ela segue em observação no hospital, segundo os investigadores.

O homem fugiu do local do crime e é procurado pelos investigadores. A Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Rosa, que foi decretada pela Justiça na tarde da segunda-feira dia 13. Ele é considerado foragido.

As vítimas são Vânia Gomes Gonçalves, 35 anos, o filho dela, Oscar Valenzuela Pereira Júnior, 16, e um vizinho que teria tentado ajudar, Dejalmo Nadalon, 78. O idoso seria o proprietário da casa onde a família morava, no bairro Cruzeiro, e foi até a residência após ouvir pedidos de socorro, segundo a polícia.

Segundo o delegado que comanda a investigação do caso, Anderson Pettenon, não há dúvidas sobre a autoria do crime, em razão dos relatos de testemunhas e da menina sobrevivente. Em março do ano passado, Rosa foi preso por 30 dias por agressão contra a vítima. Na ocasião, a violência ocorreu na rua, em frente ao Fórum do município e perto da delegacia. O homem fugiu do local, mas depois se entregou.

Quando foi solto, a Justiça concedeu uma medida protetiva para que ele não se aproximasse da mulher. Atualmente, a medida não estava mais em vigor. Pela agressão contra a mulher, Rosa possui antecedentes por lesão corporal e ameaça, além de passagem por porte ilegal de arma, que foi encontrada com ele na ocasião, segundo o delegado.

Pelos relatos de vizinhos da mulher, o homem teria sido visto na casa algumas vezes, o que indica que eles teriam reatado o relacionamento, afirma o delegado. Na tarde de domingo, Rosa teria ligado para a vítima fazendo ameaças, conforme a investigação.

— Nessa ligação, ele afirmava que a mulher estaria com outro homem, que ela estaria lhe traindo, o que indica que eles tinham ainda algum relacionamento. É um ciclo vicioso de violência psicológica, moral, física, que infelizmente acabou nesse trágico desfecho. Munido desse sentimento de ciúme, ele praticou essa barbaridade — afirma Pettenon.

Rosa é servidor público da prefeitura de Porto Xavier, e atua como operador de máquinas na Secretaria de Obras. Ele foi contratado por meio de um processo seletivo emergencial, segundo o Executivo local.

Crime “estarrecedor”

Conforme a Polícia Civil, o caso causou comoção no município, que tem população estimada em 10 mil pessoas. Há oito anos atuando na corporação, o delegado descreve o crime como “estarrecedor”

— O grau de violência, de brutalidade desse caso é estarrecedor. O senhor que foi tentar ajudar as vítimas, atendendo a pedidos de socorro, foi cruelmente atingido com golpes na região do tórax e do pescoço. Um senhor de 78 anos que não apresentava risco à integridade física desse indivíduo. Além disso, havia uma mulher e um adolescente, franzino, que também não oferecia oposição física ao homem. A menina conseguiu sobreviver porque foi rápida e se escondeu em um banheiro. Uma violência tremenda que demonstra a vontade de matar, de eliminar aquelas vidas — pontua Pettenon, que diz não descartar que o homem estivesse sob efeito de substâncias químicas.

O delegado afirma que, após as mortes, o homem foi até a casa onde mora com os pais. Ele teria buscado roupas no local e fugido, abandonando o veículo perto da residência. No carro, foram encontrados vestígios de sangue no volante e na porta. Buscas são feitas na região de Porto Xavier e na região das Missões. Informações sobre a localização do homem podem ser repassadas para a Brigada Militar pelos telefones (55) 3352 4190 e (55) 3352 4114 e à Polícia Civil pelo contato (55) 98423 8475 — o número também tem WhatsApp.

Fonte: GZH

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