Colaboradores da Apae de Três de Maio recebem formação do Protocolo PCM

Capacitação, com a Luna Educação de São Paulo, ocorreu com apoio do Fundo Social da Sicredi Noroeste RS/MG e Argus – WL Sistemas

A Apae de Três de Maio promoveu o Treinamento PCM – Professional Crisis Management para um grupo de 12 colaboradores de 25 a 27 de julho. A capacitação, que é um sistema de gerenciamento de crises humanizado, foi realizada na instituição pelo instrutor Alexsander Sales, da Luna Educação, de São Paulo, e contou com apoio da Sicredi Noroeste RS/MG e Argus – WL Sistemas.

Alexsander explica que o Treinamento PCM é um protocolo que tem como objetivo trabalhar o gerenciamento de crise das pessoas, sejam elas crianças, adolescentes ou adultas. “O PCM é um minucioso treinamento e tem como foco pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento, mas pode ser aplicado também em ambientes em que há comportamento disruptivo.”

Segundo o instrutor, o PCM trabalha a segurança, dignidade e integridade da pessoa que está recebendo a restrição e também do aplicador. “E tem uma particularidade, que é trabalhar as estratégias não físicas – entendimento do funcionamento do comportamento das pessoas – para que se consiga minimizar a probabilidade de crise – e as estratégias físicas quando necessárias.”

O treinamento teórico-prático ensina técnicas para serem aplicadas quando ocorre uma crise muito forte de alta magnitude sendo necessário fazer uma intervenção de restrição. E, ao final, é aplicada uma avaliação teórica e prática, a fim de conferir a certificação aos participantes.

Este sistema, amplamente difundido nos Estados Unidos, foi trazido ao Brasil há alguns anos. A Luna Educação foi a precursora no país e hoje é a que conta com o maior número de instrutores. Alexsander, que é instrutor há três anos, revela que iniciou no PCM pela sua história de vida: ele é pai de Nicolas, de 25 anos, que é autista.

“Foi muito bom trabalhar e trocar experiências com esta equipe apaeana. Sem dúvidas, é um divisor de águas na instituição a oportunidade de contar com profissionais com esta capacitação, pois é uma certificação internacional muito importante”, avalia o profissional.

A diretora administrativa da Apae de Três de Maio, Nadir Gabe, destaca a relevância do treinamento para a equipe, o que irá melhorar a atuação dos colaboradores em situações de crises dos alunos e atendidos. “Sonhávamos há muito tempo com a realização desta capacitação em virtude da importância e da diferença que fará em nosso dia a dia.”

Ela também agradece a disponibilidade da equipe em participar e ter a oportunidade de aprender, ter vivências e oportunidades ímpares, bem como os apoiadores. “A tendência de nossa instituição é crescer. E, para isso, nossa equipe precisa estar preparada em oferecer o melhor. Este é o nosso diferencial”, finaliza Nadir.

Colaboradores participantes avaliam a formação como um diferencial em suas atuações na educação especial

Para os 12 colaboradores participantes do treinamento, que atuam nas áreas da saúde e educação da instituição, a formação é um diferencial para utilizarem técnicas seguras de prevenção, intervenção e reintegração, visando uma relação positiva entre o profissional e o atendido. “Na condição de profissionais que atuam com pessoas com necessidades educacionais especiais, temos consciência acerca da imprescindível qualificação constante, atualização e treinos de habilidades para agregar no fazer profissional”, dizem.

Além disso, declaram que estarem habilitados ao PCM proporciona mais segurança, e significa também revisar os planejamentos refletindo nas tomadas de decisões, com destaque para lógica da ajuda mútua, pois professores e equipe de saúde estão ainda mais alinhados e comprometidos neste processo, o que contribui significativamente para o bom andamento das atividades diárias dentro da Apae e, agora, com o suporte para aplicação deste protocolo completo.

Sobre o quanto esta qualificação representa no fazer profissional, o grupo afirma que, assim, se cumpre as responsabilidades, tanto da instituição em articular e proporcionar aos colaboradores bons cursos e dos profissionais em se disponibilizarem a participar das qualificações, estando mais preparados para os desafios que a realidade apresenta, de modo ímpar, no trabalho com as pessoas usuárias da educação especial.

“Poder acompanhar o que está acontecendo na atualidade é gratificante, e atender bem é fundamental, pois saber fazer o ‘feijão com arroz’ diante das situações que se apresentam nos deixa frágeis, mas conseguir agregar novas técnicas, qualificar os processos de trabalho, objetivando a qualidade e eficiência em cada atendimento, nos dá mais segurança e autonomia inclusive para buscar outras qualificações”, avaliam os colaboradores.

Eles acrescentam que enxergar pelo prisma com diversas áreas do saber também é visualizar novas possibilidades para atingir os objetivos, que para cada paciente será uma situação distinta única, mas isso fica mais fácil e diminui a chance de erros quando se está atualizado no cenário científico atual.

Ao finalizar, o grupo destaca que, assim como foi dito diversas vezes durante a formação, é preciso treinar constantemente para não utilizar as técnicas mais restritivas. “Durante os três dias de formação fomos habilitados para restringir uma crise da forma mais segura e digna para todos envolvidos. No entanto, o objetivo principal sempre foi avaliar a situação do cotidiano para conseguir implementar atitudes e não deixar desencadear a crise em si, ou seja, a prevenção é a tarefa mais importante de todo o processo.”

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