Depois de empate em 4 a 4 na primeira tentativa de eleição suplementar para presidência da Câmara de Vereadores de Horizontina na noite de segunda-feira, dia 17, e prevendo o Regimento que em caso de empate, seria convocada nova eleição, reuniram-se novamente no final da tarde desta terça, dia 18, os vereadores de Horizontina.
Márcio Fischer (PDT) ausente na Sessão de segunda-feira, esteve presente nesta terça e votou em Álvaro Callegaro, assim como seu colega de bancada Ilson Pilz. Com isso, Callegaro do PP obteve 5 votos; os dois dos pedetistas e os três sufrágios da bancada do PP, sendo o próprio voto, mais de Lucas Stoll e Diogo Weiss.
No início da atual legislatura os vereadores das bancadas do PDT, PTB (hoje União Brasil) e PT acordaram períodos para a presidência da mesa, e que a petista Ana Denise seria pela ordem a 4ª a presidir a casa, após Alessandro dos Santos, Márcio Fischer e Rafael Godoy.
Godoy, que também preside o PDT, renunciou havia duas semanas do cargo de presidente, dando vazão e seguimento ao acordo de 2021.
Na primeira tentativa de eleição, no entanto, Fischer apresentou atestado médico, ausentando-se. Os vereadores Rafael Godoy, Alessandro dos Santos e Aroldo Dewes mantiveram o voto em Ana Denise, assim como na segunda votação.
Não há maiores detalhes públicos para a mudança de votos dos dois vereadores do PDT, no entanto, o voto na líder do PT não era mais consenso da bancada, muito embora a orientação partidária fosse pelo cumprimento do acordo.
Em mensagem em rede social, Ana Denise destacou após ser superada por Callegaro, que sua posição de disputar a presidência mesmo sabendo dos riscos de não ter todos os votos necessários, mostram que não está na política por acaso e nem por conveniência, que tem princípios e valores, dos quais se orgulha.
Procurado pela reportagem, Márcio Fischer limitou-se a dizer que manifestou à vereadora e ao partido dela, pessoalmente, a motivação pelo seu posicionamento. Que o desgaste do PT perante a opinião pública nacional e diante de suas próprias convicções ideológicas são preponderantes, não havendo nada pessoal contra a parlamentar ou as lideranças locais da sigla.
O voto de Pilz na candidata do PT, naturalmente, por ser ele representante do setor do agronegócio, muito dificilmente se concretizaria, e de certa forma era esperado. Na construção do acordo, em 2021, Pilz integrava o PSB e não participou.