Em Horizontina já são 76 casos confirmados nos primeiros 70 dias de 2024
Com 20 óbitos confirmados no Estado, o governador Eduardo Leite declarou, na terça-feira (12/3), situação de emergência em saúde pública no Rio Grande do Sul.
A medida, de acordo com o decreto nº 57.498, visa à prevenção, ao controle e à atenção à saúde diante do risco epidemiológico à população pela epidemia de doença, atualmente presente em 94% dos municípios gaúchos.
Com a declaração de estado de emergência, o governo estadual poderá destinar recursos para combater a dengue com mais agilidade – sem os trâmites burocráticos de uma licitação, por exemplo. O decreto permite um processo ágil e célere na compra de insumos (como medicamentos e vacinas), fortalecendo o enfrentamento da dengue. Também facilita que o governo federal destine ao Estado recursos específicos para ações de combate à doença.
A medida se soma a uma série de ações do governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (SES), nos últimos dias. Na segunda-feira (11/3), foi lançada uma plataforma para o manejo clínico de casos, permitindo a identificação do estado de saúde e do tratamento para cada paciente com base em características, sinais e sintomas apresentados. Também foi assinada uma nota técnica conjunta com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) que autoriza profissionais de enfermagem a requisitarem exames, principalmente hemogramas, nos casos suspeitos.
A SES reforça a importância de se procurar atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas. Dessa forma, evita-se o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.
Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti – como a limpeza e revisão das áreas interna e externa de residências e apartamentos, além da eliminação dos objetos com água parada – são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes.
Em Horizontina os dados divulgados também na terça-feira, indicam 76 casos de Dengue até 10 de março, ou seja, em média, mais que um novo caso confirmado a cada dia.
Na semana que fechou no sábado, 9 de março os agentes visitaram 1.016 imóveis. Em 50 não puderam acessar. Em outros 590 (58%) foram localizados criadouros do mosquito e em 13 imóveis comprovados focos do mosquito transmissor – Centro 7, Campestre 2, Alvorada 2 e Industrial 2.
Principais sintomas:
febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias;
dor retro-orbital (atrás dos olhos);
dor de cabeça;
dor no corpo;
dor nas articulações;
mal-estar geral;
náusea;
vômito;
diarreia;
manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.